On segunda-feira, 12 de agosto de 2013 12 comentários

Passados sete meses da gestão Olizandro um dos principais problemas herdados da administração que o antecedeu é a impossibilidade de fazer com que os três armazéns da família existentes na cidade reabram suas portas. A versão oficial é a de que a Prefeitura de Curitiba, mantenedora do projeto, encontrou um furo no convênio com a nossa Prefeitura e que estaríamos devendo algo em torno de R$ 1,2 milhão à capital. Devido ao rombo, Curitiba não renova o convênio se Araucária não pagar o tal valor. Como esse rombo muito possivelmente é fruto de malservação de dinheiro público, a Prefeitura não pode simplesmente tirar de seus cofres essa quantia sem começar a apurar quem foram os responsáveis pelo possível ilícito. O problema, porém, é que enquanto os burocratas da nossa prefeitura e da capital ficam discutindo, quem sofre são as pessoas que de fato utilizavam aquele projeto.

Embora seja totalmente favorável à apuração de que fim levou o milhão sumido e totalmente contrário ao pagamento dessa quantia formidável à cidade de Curitiba, creio que só a incompetência administrativa do comando atual da Secretaria de Agricultura justifica que ainda não tenha sido encontrada uma alternativa para atender as pessoas que - de fato - necessitam do alívio financeiro que comprar no armazém da família lhes proporcionava.

Particularmente sempre fui contrário a esse convênio estúpido com Curitiba para manter esses armazéns abertos. E minha contrariedade não tem nada a ver com um possível desapego às dificuldades vivida pelas famílias em vulnerabilidade social, as únicas que deveriam ser beneficiadas com tal programa. Acontece que qualquer gestor que pare para pensar um pouco na logística e no custo necessário para manter esses estabelecimentos já teria chegado à conclusão de que o melhor a ser feito era substituí-lo por um programa de transferência direta de renda, nos mesmos moldes do Bolsa Família, por exemplo.
O grande público talvez não saiba, mas para manter esses armazéns abertos à Prefeitura gasta algo em torno de R$ 100 mil por ano em aluguéis, outros R$ 600 mil anuais no transporte das mercadorias dos depósitos até os estabelecimentos onde eles estão instalados e mais R$ 800 mil na terceirização do atendimento dos armazéns. Isto para não falarmos do dinheiro surrupiado nos diversos assaltos que acontecem a esses locais e que a Prefeitura tem que repor.

Outro ponto negativo dos armazéns é que eles acabam prejudicando o comércio local, pois - como se sabe - muitas famílias que não precisam burlam o programa para poder comprar produtos subsidiados pelo poder público. Tanto é que dados oficiais apontam que existem setenta mil cadastrados para comprar nos armazéns de Araucária. Ou seja: é cristalino que tem gente dando o golpe no programa. Resumindo a conversa, já passou da hora da atual administração ter mais respeito e ser mais honesta com aqueles que de fato necessitam do auxílio do armazém. Para tanto é preciso reconhecer a impossibilidade de se continuar com o programa nos  moldes atuais, transferir seu gerenciamento da Secretaria de Agricultura para a de Assistência Social, que é quem tem a competência de cuidar de programas do gênero, iniciar um novo cadastro de beneficiários para o projeto que o substituir e, o mais importante, encontrar formas de promover socialmente seus usuários para que eles fiquem o menor tempo possível recebendo auxílio do Município e possam caminhar com suas próprias pernas.


Comentários são bem vindos. Até semana que vem!

12 comentários:

Anônimo disse...

Os dados apresentados demonstram mais uma vez a desonestidade, descaso com o patrimônio público e a má gestão do Zezé. Não é hora do Ministério Publico investigar e punir os responsáveis? Doa em quem doer. A verdade e a justiça tem que prevalecer.

Anônimo disse...

Corcordo com vc,estupido programa sim.Poderia acabar pq é so encheçhão de saco pra pma, nao vai so pobrezinho la comprar,dai em nome dos espertinhos q ali vao todos araucarienses pagam a conta.Fora os bandidoes q as vezes entram,pq na gestao do advogado do ze tinha uns bandidoes cuidando desses mercados e ate da SMAG.Ha um assessor desse doutor q se colocarmos o nome no google vao ver que é bandido!!!

Anônimo disse...

Pelo que percebo os comentários de 13/08 as 07:57 e 08:23, são pessoas que devem trabalhar na atual administração, pois estamos indo para o mês de setembro e a atual gestão ainda não provou nada e também não reabriu os armazéns, se o Zezé tem culpa então que o processem e cobrem dele esse dinheiro, mas não, 9 meses e só sabem falar que a culpa é da gestão passada, o prefeito Olizandro quando assumiu, ele sabia que iria ter o ônus e o bônus, e cabe a ele resolver o problema, se a culpa é do outro não interessa, ele é o prefeito e é ele que tem que resolver, e quanto esse absurdo de ter uma espécie de bolsa nunca vai dar certo pois quem ganha pouco vai continuar ganhando pouco, com algumas exceções, pois os baixos salários não sobem de um dia para outro, e o bolsa se implantado nunca mais vai ser retirado.

Anônimo disse...

Gostaria de saber se já passados 08 meses com os armazéns fechados, se a prefeitura continua pagando aluguel do prédio do armazém Shangai e do planalto. O aluguel do planalto era algo em torno de R$ 8.000 mil por mês. Se ainda estiver pagando é muito desperdício de verba pública, alguém deveria levantar essas informações e denunciar isso para o MP ou TC...

Anônimo disse...

Essas coisa erradas são tudo culpa dos CC´s que passam pela prefeitura na gestão do passada tivemos como responsáveis pela SMAG o Mario Sergio, depois o Edivino e por ultimo o Marinho (Betão). De quem será a culpa??? cada um coloca os CC´s de sua confiança para cuidar de seus interesses pessoais. Devemos acabar com esses cargos CC´s que são apenas para bagunçar a administração pública.

Se alguém conhece algum CC desempenhando alguma função que deveria ser executada por cargo efetivo, ou recebendo um salário superior ao trabalho realmente desempenhado denuncie, o SIFAR criou um formulário para recolher estas denuncias é só acessar abaixo e preencher:

http://www.sifar.org.br/conteudo.php?id=138

Anônimo disse...

Eu acho que seria mais fácil criar um formulário para informar quais realmente desempenham a função de CC para qual foram contratados com salário compatível com a relevância.

Anônimo disse...

O problema não é discutir CCs, mas sim responsabilizar quem é o responsável pelos erros cometidos. Dinheiro público deve ser bem administrado, seja o responsável de carreira ou CC.

Anônimo disse...

Seria melhor o executivo se comprometer a fixar numero e salario de ccs em numeros mais justos.Bom tambem seria se comprometer a nao distribuir vagas de ccs entre vereadores criando um mercado paralelo desses cargos.

Anônimo disse...

Gostaria de saber quando que a Licéia a Nova DG da SMPL vai começar a trabalhar, pois até agora ninguém viu ela dando expediente na secretaria de planejamento.

Anônimo disse...

Essa Liceia já deve estar procurando um novo emprego, afinal essa gestão acaba logo logo no TSE

Anônimo disse...

Será que alguém pode definir a foto estampada do nosso prefeito na primeira pagina do jornal O POPULAR na edição do dia 16 de agosto de 2013. Aquilo foi sacanagem do jornal ou será obesidade ou o que parece mais provável inchaço por ingerir bebida alcoólica, será que ele esta procurando consolo no álcool.

Anônimo disse...

Alternativas existem sim, o TSE vai impugnar o mandato do prefeito 171 e daí, as verdadeiras alternativas e a verdade irão aparecer. Adiós, prefeito mentiroso.

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